
3- Metal Gear Solid 3 Snake Eater - PS2 - Acção Furtiva/Aventura
Se houve um jogo que marcou para sempre quem o jogou foi sem duvída este, MGS3 Snake Eater, foi muito provavélmente o jogo mais cinemático que qualquer pessoa teve acesso nas 128bits.
Vindo das mãos de outro génio da industria, Hideo Kojima, a saga MGS já havia conquistado fãs desde as suas primeiras aventuras nas consolas mais antigas, e posteriormente na PSOne segue a uma narrativa carregada de espionagem, conspirações, visões utopicas e acima de tudo lições de moral pesadas. Depois do numero dois da saga Solid, (MGS 2 Sons of Liberty) que tinha lugar perto da nossa actualidade, MGS3 foi o regresso às origens da série para nos apresentar a história do primeiro vilão da série, o pai da personagem principal, Solid Snake com o nome de Big Boss.
Digno de uma produção cinematográfica dos mais elevados custos, MGS3 é um filme de espionagem tactica jogavél. Tudo no filme é digno da academia de Holywood, desde as personagens, a história, as linhas de dialogo, tudo junta-se num todo quase imaculado. Cada zona é um desafio e cada Boss final é um encontro carismatico e mais uma vez digno de um filme.
Dotado de um gráfismo do melhor que se viu nas 128 bits, uma banda sonora a cargo de Harry Gregson-Williams, prestações vocais de actores desconhecidos mas que envergonham qualquer super-estrela dado a sua qualidade e de uma jogabilidade que a inicio se estranha mas rapidamente se entranha.
Correndo o risco de me repetir (mas neste caso já nem me importo) este é o jogo que encontram nesta geração mais perto de um filme de enorme qualidade jogavél.
Quem o jogou certamente não se esquece do combate com o The End, o sniper idoso, o duelo de revolvér com Ocelot, o rio do The Sorrow, a perseguição do Shagohod e o combate final num campo coberto de flores brancas, tudo isto e ainda com tempo para um romance no meio com o beijo mais bem aceite até hoje nos jogos.
São muitos momentos memoravéis não são? E se ainda não passaram por eles, peçam uma cópia do jogo emprestada e façam-no! Certamente não haverá um jogo tão bom nos proximos anos.

2- Grand Theft Auto: Vice City - PS2/Xbox/PC - TUDO!!
Sempre envolvido em polémica devido ao seu conteúdo dedicado ao público mais maduro, quer por violência barata, uso de linguagem agressiva ou mesmo conteúdo sexual, a verdade é que contra tudo e todos GTA é um dos clássicos incontornavéis dos videojogos.
Toda a gente já jogou GTA, é como o Sims para as mulheres mas GTA até mulheres jogam, em quase todas as casas onde existem consolas existe um GTA, isto é trigo limpo.
GTA, como ficou celebrizado é o jogo que conseguiu dar a ideia de tudo para todos num só pacote. Gostas de carros? Temos. Tiros? Tambêm! E a lista segue infindavél por aí fora.
Quando GTA 3 saiu para as consolas, o conceito exploração livre ainda era algo muito vago, e o que a Rockstar fez foi criar uma cidade viva com dezenas de coisas para explorar, usar, destruir e tarefas por realizar. Para muitos foi como voltar à infância e darem-nos uma caixa cheia de Lego e dizerem. "Faz o que tu quiseres, diverte-te!"...e nós divertiamo-nos.
A verdade é que a pseudo Nova Iorque de GTA 3 era algo nunca visto, Liberty City estava sempre viva com peões nas ruas e movimento imparavél e nós podiamos fazer tudo, como reis do crime, podiamos roubar carros, pessoas, comprar armas, fazer corridas e tudo isto numa cidade gigantesca onde tinhamos uma história de fundo para nos guiar no jogo (se nos o quisessemos). Eramos felizes com GTA3 e o mundo era perfeito assim, melhor era impossível.
Mas havia bem melhor a caminho. Aquando do lançamento de GTA Vice City, a expectativa estava ao rubro, a passagem da experiência para os anos 80 com uma recriação baseada de Miami e uma ambiência dessa época deixaram todos de água na boca. E a parte boa é que a qualidade ultrapassou em tudo a expectativa. O mapa cresceu, as actividades quadriplicaram, o grafismo melhorou a história passou a ter um nexo e agradavél de ser jogada e a banda sonora, passou a ser oficializada com as grandes malhas dos anos 80 a passarem nas mais de 6 estações de rádios disponivéis nos bolides que também aumentaram em número e performance, actores experiêntes e conhecidos emprestaram as suas vozes às personagens do jogo e as suas linhas ficaram ainda mais realistas o que criou personagens carismáticas que ficarão ligadas à história dos videojogos para sempre.
A verdade é que existe um GTA mais recente, muito mais pólido e completo, o San Andreas, mas o que me leva a colocar o Vice City no Top em vez do seu irmão mais novo e mais apeterchado é sem dúvida tudo aquilo que representou na indústria. Este demarcou as bases lançadas para quase todos os genéros das consolas, tudo o que fez, fez bem e toda a ambiência que o jogo proporcionava e a diversão que oferecia a cada jogador era algo único e verdadeiramente inovador, deu o grande piscar de olhos à indústria discográfica permitindo a propagação musical licenciada a este universo e acima de tudo, foi a primeira vez (mesmo contando com GTA3) que realmente um universo de livre exploração se tornava totalmente interactivo, variado e acima de tudo apelativo. Um jogo desprovido de pressão e tinha tudo para oferecer a todos, o jogo dos gregos e dos troianos assim dizendo.
Vice City foi o solidificar de que não havia limites para se fazer muito e com qualidade e com muita diversão pelo caminho, merecendo assim a medalha de prata neste top.
Voltem cá apartir de dia 28 para saberem qual foi o jogo que na minha opinião mais marcou as 128bits e conseguiu assegurar o primeiro lugar no meio de todos os gigantes que marcaram até ao 2º lugar. Até breve.
O Editor:
Silvestre, Daniel
2 comentários:
Sim senhor, um 3º e 2º lugares muito bem merecidos. Tudo o que o sr. Daniel disse, eu subscrevo. São realmente dois jogos marcantes, especialmente o Vice City. Pessoalmente, Liberty City nunca fez os meus encantos, sempre a achei muito cinzenta e monótona. Mas Vice City, com as suas praias, avenidas ladeadas de palmeiras, ilhas e canais era realmente uma cidade vibrante e apelativa em que eu não me importava de morar. Para alem disso o ambiente encontra-se localizado nos anos 80, a minha época histórica preferida. Como se não fosse suficiente, o jogador interpreta o papel do sr. Tommy Vercetti, o personagem mais carismático a figurar num GTA. Os anos passam mas o Vice City, o Halo e o Metal Gear Solid 2 são jogos que volta e meia acabam dentro da minha Xbox.
Show me that you have big cojones mr. Lance Vance Dance !!
Grande GTA !!
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